quinta-feira, 21 de abril de 2011

Antigas paixões, antigos sonhos e U2

  Ainda estou um pouco sob o efeito do maravilhoso show do U2 que tive a oportunidade de assistir ao vivo no último dia 04 de abril. Confesso que gostei de toda aquela parafernália do palco e das estripulias do Bono Vox muito mais do que pensei que iria gostar. Sou muito fã das músicas desse caras há muito tempo e com certeza é minha segunda banda preferida. Porém sempre achei meio apelativas as atitudes do seu vocalista. Para esse show fui de cabeça aberta para tentar gostar daquilo tudo. E consegui, adorei. Mas para mim ainda o que mais importa são as músicas maravilhosas, os riffs de guitarra do The Edge com efeitos únicos e sensacionais, enfim, ver tudo isso sendo executado pela própria banda ali ao vivo, diante dos meus olhos despertou uma emoção bem legal.
  Ter visto esse show me levou a uma outra situação do passado: o show deles aqui no Brasil em 2006. Nesse eu não fui. Me lembro que até tinha feito uma reserva financeira para ir, mas o show foi numa segunda feira, ficou muito difícil pra eu ir e me contentei (e muito) em assistí-lo pela televisão.
  Gravei esse show e o devo ter assistido uma centena de vezes depois. Decorei a ordem das músicas e tudo mais. Fiquei absolutamente maravilhado em ver aquilo. Como eu já disse sempre gostei muito do U2, e nessa época eu era mais tolerante em relação as encenações do Bono no palco.
  Porém o que mais me despertou nostalgia além do show em si, foi a lembrança do que eu vivia naquele periodo. Era uma época que eu tinha muitas esperanças em relação a vida.
  No âmbito profissional eu tinha duas grandes ambições:  ser um músico profissional. Queria muito estudar música, dar aulas, tocar na noite e ganhar dinheiro apenas fazendo o que eu mais amo. Outra vontade que eu tinha para o caso de não dar certo viver de música era estudar jornalismo. Sempre admirei e continuo admirando muito essa profissão e a vejo como uma forma de arte.
  Eu tinha também nessa época um amor platônico, dos tempos de pré adolescência. Por coincidências da vida nessa época eu me reaproximei dela.Um sentimento muito bonito e tão doce como o sonho de viver de música vieram a tona.
  Cinco anos se passaram e hoje posso olhar para trás e ver quanta coisa mudou. Sobre viver de música, a vida nunca me permitiu isso e me descobri preguiçoso demais para estudar técnicas e teorias necessárias para alguém que deseja ser um músico profissional. Sobre o jornalismo, acho que me faltou coragem de encarar esse desafio e fui estudar administração de empresas. Sobre o amor platônico ele se concretizou, mas por um período bem curto e em pouco tempo a moça sumiu e o sentimento se foi.
  Em contrapartida, tive muitas outras realizções nos âmbitos profissional e amoroso. Tive também muitas outras lições sobre a vida que hoje me são muito preciosas.
  Mas de uma maneira que eu ainda não sei explicar direito essas passagem do U2 pelo Brasil me trouxe novas esperanças de intensidade nem maior e nem maior que 2006, apenas diferente. É claro que hoje não tenho nenhum amor platônico e nem quero mais viver de música. Tão pouco quero ser jornalista, mas tenho certeza de que toda essa esperança que resolveu brotar é nada mais do que mais uma prova do grande poder que a música tem sobre o meu ser.

 

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